Aquando um grupo de homens então alcunhados de retornados e não só, recém chegados das ex-Colónias Portuguesas, na sua qualidade de funcionários públicos já nas ditas ex-Colónias foram colocados na Administração Penitenciária, nomeadamente no Corpo da Guarda Prisional, Corpo esse que se encontrava completamente desfalcado de pessoal, dado ser mal pago, era também considerado abaixo de cão três vezes.
Nesta conformidade, o pessoal regressado das ex-Colónias logo se começou a movimentar, o que de imediato se lhes fundaram outros elementos que tinham começado a carreira no Continente. Assim, foi constituída uma Comissão do tipo clandestina com uma só finalidade:
Criar um Sindicato para defesa da Classe.
Quando o Corpo da Guarda reuniu todos os elementos indispensáveis à formação do Sindicato, optou pela Cidade de Coimbra, por ter aí uma hipótese que o tornava mais célere, graças a uma das figuras carismáticas cujo nome aqui não cito, pois perante os seus obreiros é sobejamente conhecida e, ter sido na altura proibido pelo então Diretor-Geral de se deslocar a Lisboa, tipo boicote à sua atividade.
Mas o Sindicato continuava sem casa própria, o grande dilema era como sempre o dinheiro.
Surgiu o imprevisto.
Alguém encontrou nas gavetas da amnésia na Direcção-Geral um despacho do então Ministro da Justiça, em que atribuía ao Corpo da Guarda Prisional um subsídio de renda de casa de 15% sobre o vencimento base. Milagre dos Céus.
Os Corpos Gerentes em exercício não mais desarmaram. Distribuíram por meio de fotocópias do documento sonegado em todos os Estabelecimentos Prisionais, obrigando os responsáveis da Direcção-Geral a cumpri-lo.
Convocada que foi uma Assembleia Geral e sob proposta da Direção, ficou decidido que o primeiro mês de subsídio era para a compra da nova Sede, a que o Corpo da Guarda acolheu com o melhor agrado, em votação, cabendo-lhe a decisão de unanimidade e aclamação.
Queridos amigos, companheiros de luta, de convicções e todos aqueles que dão brio à nossa carreira, encontram aqui um pouco da história que levou à criação do nosso Sindicato.
Podemos facilmente apreender em relação a alguns aspetos que, passados tantos anos, pouca coisa mudou. O que mudou foi fruto do nosso trabalho, empenho e dedicação que infelizmente continuam (também) a ser pouco reconhecidos.
Os pioneiros sofreram para termos um sindicato, os que se seguiram continuaram o legado. Esperamos que os próximos continuem a respeitar e a engrandecer o Corpo da Guarda Prisional através do nosso Sindicato.
A história com muita e verdadeira história de um passado não muito distante mas um passado destemido, não é um vazio.
1 – F.T. Bento Vieira
2 – Rogério Rodrigues
3 – Fernando Pereira
4 – Eduardo Vicente
5 – Ramiro Coutinho
6 – Manuel Carvalho
7 – José Maria Figueiredo
8 – Manuel Carvalho
9 – Jorge Alves
10 – Carlos Sousa
11 – Frederico Morais
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SNCGP – Sindicato Nacional Do Corpo Da Guarda Prisional
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